Dizer que o Bola está fazendo 10 anos é algo inacreditável, significa que logo mais o blog fará 10 anos. É algo impensável, sério, difícil de acreditar. Ele e Vader.
Eu já era mais lúcido no agility quando comecei a treiná-lo, então eu tenho a sensação de que me lembro de tudo que passei. Todas os problemas, todas as coisas boas, cada pódio, vitória, passagem de grau, cada excelente zerado, tudo gravado na memória.
Abaixo com o presente que a Vívian comprou. Ele adora essas toys de morder. Abaixo uma escova. Depois vai querer comer a escova de verdade. Tsc tsc tsc.
Na dúvida entre três dogs da ninhada acabei escolhendo ele por dois motivos. A cadelinha era muito pequena e o Vader muito ligado no pastoreio. Bola tinha um tamanho bom, embora em termos de drive perdesse um pouco para a fêmea.
Foi uma ninhada não programada, descuido total e nasceram oito filhotes. Filhos do Schummy. Infelizmente hoje não tem como manter a linhagem desses dogs comigo. Uma pena, mas paciência, temos cães melhores.
Bola foi um filhote bem arteiro. Uma vez ele mastigou a minha mangueira em uns 10 pedações. Não bastou pra ele comer um ponto. Ele foi dividindo. Adorava comer sabão e sabonetes. Vivia com os brinquedos do Théo na boca. Pra desespero do meu filho humano.
Alias, ele se chama Bola porque Théo chamou ele assim. Hoje dormem juntos.
No agility foi meu primeiro e único cão até hoje que fez sua estreia direto no grau 1. Maior besteira do mundo. Achava que seria mais ou melhor condutor se fosse assim. Hoje vejo que era um babaca por pensar assim.
Mas foi um bom debut. Quatro pistas. Na ocasião era premiado o melhor do final de semana, e fomos nós. Um Excelente Zerado. Na outra prova já estávamos no grau 2. Foi uma puta duma estreia. Me lembro que treinava direto com o Samir quando ia pra São Paulo, lá no CTA. Todo mês, três vezes por semana.
Foi uma preparação incrível.
Além disso treinei na Amigo Cão e bastante em casa. Principalmente o slalon, pra manter o nome dos Billys em alta. Billy Boy e Billy Jr. seus parentes próximos, avô e tio do Schummy, eram ótimos nas entradas.
Ficou bom.
Bom, além de passar pro grau 3 comigo, ganhamos algumas provas e fomos ao pódio no mais alto nível do agility brasileiro. Depois disso, confesso, fiquei meio desmotivado. O grau 3 é outra ilusão. Talvez seja mais fácil que o grau 2. Não tenho tanta certeza. Tem menos competidores, se você vai bem chega ao pódio. Percentualmente talvez eu tenha ido melhor lá do que no 2. Enfim, ilusões da vida de um agilísta.
Foram 115 percursos oficiais, mesmo número que fiz com seu pai. Durante um tempo eu e o Théo dividimos a condução, mas hoje ele só tem um parceiro de pista. Minha maior vitória com ele, talvez tenha sido fora de pista, ver os dois no pódio do Américas e Caribe foi uma conquista tripla. Pelo cão, pelo treino dele e pelo treino do condutor.
Ficou bem longo, teria mais umas 200 coisas pra falar, mas vamos fechar nisso. Parabéns Bola!!!