Dia 354.2024 – interesse quase zero?

(é melhor não levar a mal, mas eu pensava que era o tal, cinco anos no meu quarto escrevendo um jornal/Gravataí 23 graus menos quente)

É pouco tempo 24 horas pra tudo que tem pra fazer. Carro, cachorro, casa, textos. Ou mais horas, ou mais Fabianos. Melhor mais horas, mais de Eu não dá. Lembrei de um filme agora, o nome acho que é “Eu, eu mesmo e minhas cópias”. Problema é que cada cópia pensava de uma forma diferente e cada uma tinha um traço de personalidade. Logo, nenhum deles pensava como a Matriz. Aí saiu do controle.

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Não faça nada aguardando reconhecimento. Fiz essa montagem das 9 primeiras fotos das postagens de 2024, publiquei no Instagram e foram 4 likes. Pelamordedeus. O Zuckemberg vê um negócio desses e é bem capaz de deletar minha conta, por pena. Cheguei no ponto em que nem minha família me aguenta e curte as coisas que faço.

Eu achei interessante. Gosto desses mosaicos são imagens diferentes conectadas entre si. Dessas apenas uma não é minha ou do meu acervo. Aquela do taxímetro.

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Forma com função

Fiz uma construção usando madeiras que sobraram de projetos antigos e saiu aquilo que a roda de Fusca está pendurada. Não tinha função alguma, era algo apenas estético. Porém dei um norte pra instalação e agora ela serve pra segurar os saquinhos que usamos para juntar o cocô dos nossos cachorros. Por mais que eu goste da estética dos objetos acho que sem ter uma utilidade não tem valor.

E quem diz o valor das coisas? Você. Peso de papel. Antigamente quando tudo era papel na vida ter algo que existisse apenas com o fim de segurar folhas era imprescindível. E qualquer coisa servia, não precisava ser algo bonito, precisava ser pesado. Nesse mundo digital de hoje se você só faz uma coisa, se não evolui, não melhora, você está pronto para ser substituído.

E assim a indústria criou o peso de papel nutella. Sim, aquele que só tem peso é raiz, o nutella é o aquele que além de peso é bonito. Ferro fundido no formato de um lagarto. Uma bola de cristal transparente lapidada com pontas que parecem diamantes. Lindo e sem conteúdo.

Na minha obra eu usei a roda de Fusca, com calota da Volks ganhou uma placa escrito “Kombi Cola, com um desenho da garrafa de Coca Cola representando uma Kombi, ou o contrário. O suporte dos saquinhos é reaproveitamento, na verdade o cabo de um rolo de pintura. Assim as madeiras que eram lixo ganharam uma nova vida.