(tô só vendo, sentindo, escutando e não posso falar/Gravataí 27 graus)
Segundo dia oficial de carnaval. Porque tem alguns lugares que desde a outra semana já era carnaval, impressionante. Ontem na imagem do sambódromo de São Paulo do helicóptero da Globo dava pra ver as arquibancadas super iluminadas, a avenida parecendo dia e as pistas da Marginal bombando com um zilhão de carros indo e vindo. Como dizem São Paulo não para.
Pão e circo.
Sem teorias da conspiração. Tem vezes que o Carnaval parece festa das minorias. Muito mais gente não participa do que participa. Eles precisam tentar convencer as pessoas que sim, que todos estão nessa, para vender as cotas de patrocínio. Quem são Eles? kkk. Ok, ok. Eu não sou o público alvo da festa, fico indignado com isso? Não fico, só não assisto nada. E não sou o único. A audiência do carnaval na TV vem caindo ano a ano, ao ponto de que em 2024 as quatro cotas não terem sido comercializadas integralmente.
O que realmente me preocupa é onde as 4 milhões de pessoas no carnaval de rua de Salvador vão fazer xixi? Bebendo água e cerveja de qualidade duvidosa o dia todo. E o cheiro ensurdecedor de sovaco vencido.
Uma coisa é legal, o som das baterias das escolas de Samba. Quando você consegue abstrair os caras berrando a letra da música que quase não se entende, quando os comentaristas param um pouco de falar e você tem oportunidade de focar apenas na percussão e em como cada maestro coloca os músicos. Tentar entender o que cada um quer mostrar mais no seu trabalho.
Tão complexo quando a ligação do jogo do bicho, com as escolas de samba e Rede Globo.