Picadura – por acaso o acaso não existe

20101124pica

Minha idéia não é ser sensacionalista, bem longe disso. Muito menos criar um discurso por direção segura, até mesmo porque existem coisas inevitáveis. A história que vou contar é sobre esse carro da foto que chegou até nós de uma forma casual.

Sim esse carro da foto é nosso e sim sofremos um acidente na volta para São Leopoldo. Saímos da pista e capotamos e graças aos Deuses do agility, da estrada, do rock e aos anjos saímos inteiros.

Por diversos motivos houve a necessidade de trocar a Palio da Vívian e dia desses saímos para ver carros em revendas de São Leopoldo, Novo Hamburgo e Porto Alegre. Era uma lista bem grande de outras Palios Weekend e Picassos. A primeira opção, muito cara pra nós, era uma Doblô, o ideal era outra Palio e o sonho era o Citroen.

Os dois primeiros carros da lista não estavam na revenda, o terceiro, que eu havia inclusive marcado por telefone pra ver, também não. Porra, fizemos uma lista pra poupar tempo que não adiantou de nada. Sem muita animação fomos na loja da frente só pra ver se encontraríamos algo. Nada, a Palio que tinha estava vendida. Mas o sujeito que nos atendeu, Dickson, nos falou de uma Picasso que não estava ali ainda. Agradecemos e estavamos indo embora. Nos interessava ver os carros e não saber que existiam.

Já indo pro nosso carro eis que estaciona a Picasso bem na nossa frente. Dickson, ou Pinto Filho, sujeito simpático e calvo, vem e fala: “chegou ela”. Fomos ver, então. O carro estava muito bom e sem maquiagem, só havia sido lavado e acabado de chegar. Completíssima, viria a ser o melhor que viríamos aquele dia.

Difícil fazer uma troca dessas e a decisão coube a Vívian, uma vez que o carro era dela, apesar de ser nosso, escolher o que comprar.

Depois de ver uma grande leva de automóveis discutimos o final de semana sobre e voltamos então na segunda-feira decididos a levar pra casa o que viria a ser nosso transporte Sãoléo/Sampa e Sampa/Sãoléo por um bom tempo. E levamos!

Foi por acaso que entramos na revenda, foi por acaso que vimos o carro, um minuto a menos não terímos visto, não teríamos achado perfeiro, dentro das possibilidades, mas não foi por acaso que compramos o que literalmente salvou nossas vidas as duas horas e trinta da madrugada dessa terça-feira dia 23 de novembro.

Dificilmente a Palio teria suportado tamanho impacto. Nâo porque é um carro ruim, de forma alguma. É um excelente carro, mas com o parabrisas e teto tão perto das nossas cabeças seria impossível sair sem um arranhão.

Só nos restou acreditar que comprar esse carro era uma questão de vida ou morte.