Dia 342.2024 – educação opcional?

(Bananas de pijamas, descendo as escadas/Gravataí 22 graus e mais chuva)

Café da manhã do hotel, feira de Pesca em São Paulo, uma placa na área de alimentação dizia: “os alimentos devem ser consumidos aqui”. Pergunto: quem nunca roubou uma maçã, uma banana ou uma melancia do café da manhã do hotel pra comer durante o dia? Seguido eu faço isso, mas apenas com bananas. Uma por vez, não usurpar um cacho.

É errado? Acho que isso está no limite entre o certo e errado, por conta de uma saída patife minha, se alguém reclamar eu simplesmente abro a banana e como. Ninguém vai reclamar de uma banana no final das contas. É uma questão moral.

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Parênteses aqui pra falar sobre a banana. É uma fruta que você pode comer tranquilamente com a mão suja. A embalagem natural protege contra, por exemplo, graxa e óleo de carro. Pensei nisso num dia que estava fuçando nos carros aqui em casa. Fecha parênteses.

Assim como a ética, a educação é opcional. Porque dependendo da ocasião você ativa ou desativa. E esses dois conceitos andam muito próximos e por vezes fundidos. Ser ético é por si só ser educado.

Sou educado o tempo todo? Sou ético mode on full time? A resposta é não. Ninguém é.

Quando eu roubo a banana do café da manhã, porque está subentendido que os alimentos que ali estão devem ser consumidos naquele momento apenas uma vez, eu estou usando a premissa de que nem toda batalha deve ser guerreada. Quem cuida do café da manhã pensa “ora bolas, é apenas uma pseudobaga, não vou celeumar por conta de um  fruto da herbácea”.

Outra hora a gente discute se atirar pela janela no mato da estrada a casca da banana é certo ou errado. Material orgânico, vai ser digerido pela natureza. Pois então. Plástico de salgadinho no asfalto então, também pode. Ambos são derivados de petróleo. Sacam como até a educação e a ética podem ser distorcidas.

Chegamos ao ponto aqui.

Em Lajeado, semana passada, parei pra comer no Shopping da cidade, um restaurante bom que tem, comida por quilo. Na volta ao carro eu entro e começo a me arrumar pra sair. Ver onde vou, guardar as coisas e um carro tenta estacionar na vaga da esquerda do meu carro. Mais pra esquerda tinha um carro mal estacionado. Vendo que seria difícil eu ligo meu carro e coloco ele pra frente, liberando duas vagas pra ficar mais simples estacionar. O que ocorre depois é que ela pega e usa ambas pra estacionar o carro de porte pequeno.

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Essa situação foi ridícula, e tenho certeza que caso fosse interpelada por mim pra saber o motivo dessa atitude ela diria “tem muitas vagas no estacionamento”. Vejam onde meu carro está em relação a faixa amarela, no mínimo temos 60cm do outro lado. O outro veículo também está com a roda na linha amarela. Eu lamento muito por esse tipo de atitude egoísta, de quem pensa apenas em si.

Estou com pressa, tem várias vagas, não é da tua conta, eu tenho filhos, é rapidinho. Nada disso justifica. O problema é que no final não estacionar com esmero necessário caminha muito perto do furto da banana.