O que você faz pelo e o quanto você pode reclamar

Na teoria, temos de liberdade de expressão e redes sociais, você pode falar o que quiser. No entanto algumas pessoas pensam diferente e acham que você só pode falar se você faz algo. É um tipo de pagamento com serviços.

Quanto vale 7 mil postagens? O quanto eu posso falar? O quanto já falei ou será que ainda tenho algum crédito? Pois bem, no agility, aparentemente você só pode falar se tiver feito muito, mas muito mesmo, pelo esporte. Se você apenas compete não pode. Se você escreveu, editou uns vídeos, tirou umas fotos, ai você não fez nada e não pode falar nada.

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Se você compete e paga teus “impostos” em dia, só pode assistir.

A gente está vendo neste momento, sem motivo algum, uma elitização do nosso agility. Aumentos nas taxas e final dos descontos em provas nacionais são dois fatores. O primeiro por si já vai diminuir o número de inscritos, e o segundo vai frear a participação de estrangeiros em provas de nível superior.

São Paulo detém o melhor nível de duplas, embora o agility lá tenha minguado nos últimos cinco anos. Isso é possível ver no número de inscritos. Algumas escolas, antes fortes, nem existem mais. Desculpe, existem, mas o Agility interessa tão pouco, que pouca ou nenhuma atenção é dada ao “esporte”. Todavia o nível está lá. Em um nacional no estado, as duplas de fora podem medir suas forças contra os melhores.

Isso é bom, desculpe, ERA bom para ambos os lados.

Mas parece que não querem mais isso. Como se fortalecer o nível técnico em outros estados fosse perigoso, e não fosse fomentar o esporte. Como se ter 20 provas por ano já não fosse uma vantagem por si só.

Querem fortalecer os regionais, ok, tá certo. Onde estão as medidas para tornar tal vontade possível? Nem quem é de São Paulo consegue ver vantagem em realizar provas em São Paulo. Imagine outros estados?

Estados como o meu, onde não temos 20 duplas com carteiras. E temos umas 12 ou 15, dependendo da necessidade, mas não vamos “fabricar duplas” para uma prova. Só que alguns estados nem 5 tem.

Não precisava ser assim, poderia ser bem mais fácil, bem menos desgastante, bem mais amigável e com mais informação. Na verdade hoje, pessoalmente, queria apenas não ser tão ignorante, pois não consegui chegar ao nível de pensamento, onde aumentar as taxas aumentará o número de inscritos, onde aumentar inscrições tornará o esporte mais atrativo.

Alguém falou que o Agility vai virar Golf. Olha… não está longe. E se virar eu vou achar péssimo, porque não vejo graça nos carrinhos elétricos.