(Me abraça e me dá um beijo, faça um filho comigo/Gravataí 23 graus com vento)
Ainda recolhendo os cacos do temporal de terça-feira, seguimos aqui. Hoje numa rápida caminhada pelo bairro vimos mais um pouco de árvores caídas, casas afetadas, muros e até um prédio em construção que caiu quase todo. Igual a uma obra, pra derrubar é rápido, pra reconstruir é demorado. Lembrando que é exercício e não turismo da desgraça.
Confiança que também tarda pra voltar. Chove um pouco você já fica olhando pra onde pingou da última vez. Culpa das mudanças climáticas? Abaixo a cheia do Rio Gravataí, divisa de Cachoeirinha com Porto Alegre.
Aqui no RS até onde me lembro sempre choveu muito e sempre houveram temporais pesados. Lembro de sempre conviver com essas situações. Chove muito a calha não aguenta e entra água pra dentro de casa. Uma vez estragou uma TV velha que eu tinha no quarto.
Fato, realmente elas tem ficado menos espaçadas. Estava olhando meus registros aqui. O temporal que me fez trocar o telhado foi em junho de 2022. No mês seguinte veio o mais forte daquele ano que fraturou uma das telhas que eu recém tinha comprado pra pagar em 6 vezes. Fora outras duas dezenas de telhas de barro.
Agora, em 2024 já foram dois fortes pra destelhar a casa. O de terça abriu mais dois buracos no de 6 vezes, que já está pago faz tempo.
Ninguém está muito disposto a rever hábitos. O culpado da hora é o carro a combustão. Concordo que ele contribui para isso, mas e os aparelhos de ar condicionado, não? A necessidade cada vez maior de produzir comida, não? O carro elétrico hoje polui tanto quando o a combustão levando em conta toda a cadeia de produção. E outra, não adianta ter carro elétrico e precisar de usina que queima combustível fóssil pra carregar as baterias.
Não sou muito otimista nesse assunto.
Ninguém quer abrir mão dos benefícios e das mordomias. Armazenar água da chuva, reutilizar também não. Enfim, vivemos em tempos em que precisamos rever atitudes, mas melhor que sejam os outros.
Até o próximo domingo.