Não, embora até tenham pedido para eu baixar a minha bola, eu não parei porque achei que deveria. Na verdade eu pensei “será que o agility merece mesmo meu tempo?”. Quando você coloca essa situação as pessoas de cara falam “pensa no teu cachorro”. Eu penso e não consigo deixar de pensar na primeira pergunta.
Meu cachorro quer catar a bolinha dele, quer comida, quer dormir na cama, ele quer coisas totalmente diferentes do que o Agility tem me proposto. Vamos agora ao ponto crucial, motivo de descontentamento geral.
O fim das isenções é algo ruim para quem viaja, e não é porque eu não vou falar isso que deixará de ser. Parece aquele papo do Harry Potter, “não pode falar o nome do Voldemort”. Então “você sabe quem” vai te pegar… O aumento do valor das inscrições, bem como carteiras de trabalho também é ruim? É, aumentos são sempre ruins. São justificáveis? Não sei, e quando digo não sei é por desconhecimento mesmo.
Qual o impacto disso no número de inscritos, na evolução do agility fora de SP, que depende do intercãmbio para crescer, e no crescimento do esporte de forma geral? Posso dizer o que penso. Será negativo. Se isso vai acontecer realmente só o tempo pra dizer.
Eu, Fabiano, ou não estarei em pista esse ano ou estarei bem pouco. Pelos aumentos? Sim pelos aumentos. Exemplo: nas 10 etapas nacionais ano passado gastamos 1000 reais em inscrições. Se fizer as mesmas 10 etapas esse ano seriam 2400 reais.
Azar o teu Fabiano, bem feito pra você que é estrangeiro e sempre pagou 50%. Agora vai ter que pagar 100%. Você pode até não pensar assim, mas tem gente que pensa. E não entende que isso é ruim pro agility. Não é ruim pra mim. Eu vou seguir minha vida, vou cuidar dos meus cachorros, vou viajar pra outros lados, fuçar nos meus carros, furar umas paredes… Coisa pra fazer não falta.
Agora o agility… esse talvez não ache mais outro Fabiano, ou outra Vívian, ou outro Théo…