(And I don’t wanna break down And erase all of these pieces of myself/Gravataí 21 graus)

Não, este não é um texto pra lacrar. Eu sinto inveja sim. É natural e antes que alguém fale de inveja branca, já digo que ela não existe. Também não existe raiva bege ou alegria cinza. Inveja de NInguém é o nome de uma banda, em inglês Envy of None.

Voltei minha atenção para tal, depois de ler uma notícia que dizia mais ou menos assim na manchete: “Banda nova do guitarrista do Rush”. Alex Lifeson (filho da vida), é um dos meus guitarristas preferidos, embora ninguém o coloque em lista nenhuma, mas Rush é uma das minhas bandas favoritas. Talvez seja por isso.

Um parágrafo de divagação. Tirando o baterista, Neil Peart, que é considera um dos maiores e mais influentes da história, Gedd Lee e Alex não são considerados fenômenos. No entanto a banda, que passou a vida inteira tocando junta tirando apenas o primeiro álbum gravado com outro batera, é uma das maiores pelo conjunto da obra, e a sinergia entre os três é absurda. Inegável que são os maiores do Progressivo, pra mim. É claro.

Quando li “guitarrista do Rush” na hora cliquei e escutei. O mais interessante é que não tem absolutamente NADA a ver com Rush em sentido algum. E isso é a melhor coisa que poderia acontecer. As guitarras inclusive são extremamente discretas e som de forma geral é baseado na ambiência e não em fatores isolados que tem como base o restante da banda.

O que mais se destaca pra mim é a voz da moça que canta. Bem diferente da Emily Armstrong citada aqui dia desses, que assumiu o microfone principal do linkin park, com sua voz poderosa e rasgada, a Maiah Wynne tem um registro bem suave e calma, transmite uma paz quase transcendental.

Jamais escutaria a música dela sozinha, por preconceito puro, mas quando me vendem junto com o “guitarrista do rush” aí muda. É igual aquele combo que você compra no mercado, refrigerante bom com salgadinho nojento. Ahhhh, o salgadinho vem de graça, vô leváh! Aí você come e vê que até que é bem bom.

Dá o play aí e escuta essa bagaça! Ou não.