(Taking me back down the road that leads back to you/Gravataí 17 graus)
Terceira parte do texto está aqui:
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Assim que voltamos para o Asfalto as coisas melhoraram. Meu ânimo voltou, roadtrip modeon, porém seriam 250km de asfalto, perto dos 30 graus. cerca de 4 horas de viagem rodando. No final chegamos no Chuí as 15:21. Seis horas contando as paradas.
A primeira delas na Praia da Capilha, que fica na Lagoa Mirim. Chega uma hora que a gente se perde um pouco nas localizações. Passamos a Lagoa dos Patos, que desemboca no Oceano Atlântico. Como assim uma lagoa desagua no oceano? Não me façam questionamentos complicados agora. E a Capilha fica na Lagoa Mirim, aquela que a gente só conhece dos Mapas.
Lindo lugar, calmo, perto e longe da civilização, só os pássaros e os Volkswagens Barulhentos.
A foto da galera não faz jus ao lugar, mas essa abaixo faz mais. Parece um mar.
Logo em seguida, perto do meio dia já, depois de passarmos pela Reserva do Taim (assunto para outra postagem), paramos em um posto de gasolina. Com sinal de Wifi. Rodamos 120km sem nenhuma conexão com o mundo externo. Havia a possibilidade de almoçarmos ali, porém resolvemos continuar. Finalmente o Giorge conseguiu nos alcançar, ele saiu bem tarde do camping. Demos tantas voltas que ele conseguiu nos buscar. Mais 120km de estrada pela frente. Era muito chão. Com sorte mais duas horas.
No posto havia uma pintura na parede, de um mapa da região, e uma placa com as distâncias para várias cidades. O mapa era praticamente uma linha de tempo. Mesmo com a escala de distâncias um pouco prejudicada vale como curiosidade e pra ver o quanto poderíamos ter adentrado no Uruguai com mais um dia de viagem ou até mesmo com algumas horas não perdidas. Punta 313km.
Paramos depois no pórtico de entrada de Santa Vitória do Palmar, uma rápida foto e seguimos. Depois vou montar um vídeo apenas com fotos das paisagens mais legais. Quando estiver pronto coloco aqui. Mais 20km chegaríamos no Chui/Chuy. E direto para a praia. Porém antes ainda fizemos mais uma parada no posto de gasolina da entrada da cidade.
O GPS acabou nos levando para uma entrada pela praia mais difícil. Um tempo até acharmos a entrada “mais fácil”. Em descida começando com um piso firme, mas que no meio se tornava uma areia fofa e depois novamente a areia firme da praia molhada.
Pairava a dúvida em todos, se descer será que sobe? Nesses casos tem um limite, mas no final das contas é sempre como você vai encarar a situação. Especialmente em terrenos onde não estamos acostumados a andar é mais complicado tomar decisões assim. O primeiro a descer foi o Estefânio, fiquei esperando no final da fila já que eu era o último carro. Mas quando vi que todos estavam receosos, inclusive eu, fui indo mais pra frente pra encarar o problema de perto e de frente.
Ao ver a descida pensei “se a Genoveva com o PT e Gugu desceu, eu com a White mais alta e leve não terei grandes problemas”. E foi o que aconteceu. E aí é provável que todos tenham pensado o mesmo. Se fulano desceu eu tenho que descer, se ciclano foi eu também vou. Menos o Giorge que é provido de um pouco de inteligência e ficou. E ficando fez essa foto abaixo que eu acho a melhor da viagem.
Dentro do carro não temos condições de entender onde estamos, é algo bem filosófico. Deve ser parecido com o que os astronautas pensam quando do espaço contemplam a Terra, guardadas as proporções. E mais cinco minutos de praia e chegamos na Barra do Chuí, Bem mais alta que a estrutura que existe no Cassino e muito menor em comprimento. Mais do que beleza ou imponência, se trata novamente de simbolismo.
No próximo post eu pretendo terminar com essa história. Não aguento mais escrever sobre isso. A saída da praia foi a parte mais intensa da viagem. O primeiro foi o Estefânio, priemiro a descer, primeiro a sair. Entrou na areia fofa com pouca velocidade, o carro deu uma reinada pra sair da areia, mas foi. Depois eu avisei pelo rádio que estava subindo. Confiante que com velocidade seria tranquilo.
Peguei o caminho torto, onde as trilhas dos pneus dos carros que subiram e desceram estava menos alta, no entanto esse caminho não era reto, teria que virar um pouco para a direita durante a subida. Estiquei a primeira, coloquei uma segunda pra manter a velocidade e foi quase tudo bem. No meio da areia fofa tive que virar e as rodas da frente, pra alinhar com a saída. Elas copiaram muito o terreno e a White apontou pro barranco, a correção no volante fez o carro sair de traseira, o que me fez corrigir novamente a direção, mas aí já estávamos na terra mais dura. Foi quando a porta do motorista abriu. Tudo sincronizado e controlado. Abaixo é só dar o play pra ver esse momento único de habilidade e inconsequência.
Depois o Jonathan tentou subir, mas com pouca velocidade não conseguiu, e algum peso extra também. Nesse meio tempo enquanto empurravam a Christine pra fora da areia, o Fabiano embalou com o Fubika e foi de boas. Jonathan tentou mais uma vez e agora mais leve, apenas ele dentro do carro subiu. Por último o Bola 8 que também foi sem dificuldades.
Quinta parte do texto está aqui:
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