(menos de 5% dos caras do local são dedicados a alguma atividade marginal/Gravataí 24 graus) O segundo disco do Rappa é o melhor. Tem as músicas mais icônicas da banda. Das minhas 10 mais 40% é do Rappa Mundi, “disco” de 1996.
Do primeiro eu não coloquei nenhuma, já que é um Top10, não sobrou muito espaço. Mas é bom também. Os últimos também ficaram de fora, porque apesar de músicas boas eu não sou tão fã assim. Num período que vai de 1996 até 2008 estão as escolhidas.
Se você fora olhar, quase 100% das bandas tem os maiores e melhores sucessos alocados num prazo de 10 anos. Algumas bandas monstruosas nem chegam aos 10 anos.
Depois, se fizeram um sucesso contundente nesses pouco mais de 3650 dias a coisa meio que anda quase sozinha. As músicas vão aparecendo, mas sem aquele boom e frescor de antes.
Minha preferida
Hey Joe é uma música da década de 60, imortalizada pelo Jimi Hendrix. A versão original não é dele inclusive, é de um cara chamado Billy Roberts. O Joe, personagem principal quer atirar na mulher, porque pegou ela numa conversa um pouco mais picante com outro cara.
A música é um diálogo.
Na versão do Rappa ela é mais densa que isso. Falando de outro problema popular no país, que é a vida na favela. A versão tem a participação do Marcelo D2. Também é um diálogo, começa exatamente igual “hey Joe, onde é que você vai com essa arma aí na mão?”.
A história é muito boa, de uma triste realidade mundial, eu diria.