(o pato pateta, pintou o caneco, surrou a galinha, bateu no marreco/Gravataí 23 graus) Em casa, mesa de trabalho uma bagunça, algum trabalho atrasado, vários planos e em paz com o Agility.
Quatro dias depois de dizer que havia realmente parado, lá estava eu mandando meu cachorro saltar. Não em pista, apenas nos saltos para aquecimento montados ao lado da pista oficial da 7ª Etapa do BR20, no Jockey Club do Paraná. É que agility é vício, e como tal precisa ser controlado. Eu não consegui.
Abaixo Lew, num salto relâmpago.
O que nos move dentro e fora de pista pelo esporte é o mesmo que move um viciado em qualquer outra droga. Tentar replicar aquela sensação de conquista, de conseguir fazer algo que você não fazia. É o mesmo que leva um alpinista pro alto de uma montanha que pode acabar com a vida dele. Reviver um momento de extrema satisfação por muitas e muitas vezes.
Não vou citar os 246 motivos que levaram a parar. Vou dizer apenas que estou tranquilo com as minhas escolhas e em paz com o agility. O que eu fiz eu fiz, tem coisas que nunca se apagam. Talvez daqui a 10 anos alguém veja um vídeo que eu fiz, leia um texto, olhe uma foto e diga “cara, eu quero fazer isso”. Pode ser que seja o ponto de partida, pode ser a gota que faltava pra começar a fazer, ou ainda pode ser o que faltava pra parar, assim como eu parei. Quem vai saber?
E toca a bola, segue o jogo.