Dia 313.2024 – Top 50 – 47º Britney Spears – Baby One More Time

(My loneliness is Killin me/Gravataí 24 graus)

Música para a criançada, com um monte de gente escrevendo e produzindo. 1999 ainda tinha muita coisa que os produtores gostavam que um músico fisicamente executasse. Não tenho nada contra música feita partindo de sintetizadores. Tenho sim contra música ruim.

Baby one more time é o primeiro trabalho da Britney Spears, ou primeiro “disco” que ela gravou, botou a voz. Artista mirim começou a ter notoriedade quando participou do Clube do Mickey, já vi uma matéria mostrando que haviam outros artistas que posteriormente tiveram sucesso. Por que deixo claro que ela não tem muita participação na construção? Porque é algo totalmente, não apenas lapidado, fabricado.

Na onda dos Back Street Boys, que já falamos duas vezes nesse Top 50, e Spice Girls, inicialmente a ideia de lança-la como cantora não pareceu muito boa. Ninguém precisa de outra Madonna, precisa? E nem é o caso. Madonna escrevia suas próprias músicas, sabia muito mais quando aos 24 ou 25 anos começou a fazer sucesso. Não tinha 16 para 17 anos.

Muito do que aconteceu nos últimos anos da vida dela pode ser explicada por esse início de vida, da passagem da infância para adolescência. Falei tudo isso, bastante até, pra contextualizar tudo e amarrar.

Escutei o disco, que não tem lado A e B porque foi lançado no formato CD, vendeu 25 milhões e é chato pra caralho. Eu entendo a ideia. Música jovial, que tem que parecer feliz, para gurizadinha de 10 a 15 anos, 16 vai… 17 anos, será? Aí já não sei. Nessa década a gente vem de grandes referências. Celine Dion, Toni Braxton, Whitney Houston, por exemplo. E me parece que tentaram colocar um pouco disso, com um pouco de Spice Girls, BSB, Michael Jackson e Madonna. Se fosse hoje bateria tudo no liquidificador, faria uns bolinhos e jogaria na airfryer. 20 minutos lá dentro com aquele vento e PÁH! Só consumir.

Deu certo? Sim deu. Vendeu pra caramba e entrou nessa lista na frente do Elton John, por exemplo. Que até o momento, pra este que vos bloga, é o único relevante do número 50 até esse 46. Inclusive eu digo que por uma falta de objetividade nos lançamentos dos discos dele, não tem um trabalho lá no Top 25.

Bom é isso. Disco triste, ainda bem que não preciso mais escutar. Ouvi uma vez e nunca mais. Sem one more time pra ti Brit. Todavia é impossível ignorar o fato de que ela puxou um estilo novo de artistas que notoriamente são melhores que ela.

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