(As pessoas que se enrolam nos jornais não são mais notícia/São Paulo 28 graus)
Era de se esperar, todos os dias a gente discute o que mudou no mundo. Principalmente por conta da tecnologia que temos embarcada nos bolsos e bolsas. Muita coisa mudou, migrou, fechou, acabou. A banca de revista da foto estava aberta ano passado. Mesma época em março que passei ali. Lembro bem porque estava meio atirada nessa praça que é um entroncamento importante da região.
Antigamente quando um zilhão de pessoas passavam no cruzamento, provavelmente os jornais estariam ali a mostra para os motoristas degustarem as notícias da capa e quem sabe comprar. Tinha o que investia no futebol, o outro em hardnews, aquele que só tem sangue na capa.
Escolhia, chamava o piá, comprava, e tchau. Já estava com o dinheiro pronto.
Ou ainda aquele que indo ou voltando do trabalho, passava ali, pegava uma revista, um jornal, comprava um Gibi pro filho. Muitas, provável que essa também, tinha bebida, chocolates, balas. De um ano pro outro fechou. Ninguém mais compra revista e jornal. Na contramão disso os livros tem crescimento nas vendas, mas as livrarias só fecham.
Sinais do tempo.