(They say that nothing’s free, You can run with me/Gravataí 23 graus) Uma das coisas que pensei muito antes de fazer pra não me arrepender depois foram os bancos. Pensei em umas 500 formas, mas a que mais me agradava era manter o padrão original. E foi isso que fiz depois de um amigo colocar uns bancos de Fusca pra vender.
Abaixo bancos da Brasablue, que vieram com ela. Não são os originais. Em algum lugar vi esses bancos em uma Variant II.
Esse era outro ponto que eu tinha dúvidas. Arrumar os meus bancos ou tentar achar bancos mais antigos, que eu acho melhores que esses do início da década de 80. Os mais antigos, tipo o do Fusca, não reclinam. Os dá Brasília tem, mas são péssimos. Então melhor deixar roots mesmo, como se fosse em carros bem antigos mesmo.
A minha ideia sempre foi que o Fusca e a Brasablue fossem um par de carros. Eles tem muito em comum. Depois falo mais sobre isso.
Ai quando o PT, apelido do brother, colocou pra vender meio que me atirei neles (foto acima). Peguei num dia, no mesmo dia levei pro estofador. Ele desmontou e me devolveu, tudo no mesmo dia. Estava chovendo, aquela chuvinha de molhar bôbo.
Levei pro Márcio arrumar umas soldas que estavam ruins. Algumas partes quebradas. Pouca coisa, mas pensa que a estrutura tem fácil mais de 40 anos. Normal.
Ai voltei pra casa, pintei os bancos e fui testar no carro. Notei que os trilhos eram diferentes. Poutz. Atraso certo, quase isso. Erro meu, primeira coisa que deveria ter feito era ver isso, porque pouparia um dia do trabalho, mas ok. Sem problemas.
Falei com o Márcio sobre, e disse “ó vai ter que trocar, tu faz!?” uma pergunta praticamente afirmando que ele faria. Márcio não tem tempo ruim: “traz aí” disse ele.
Saí atrás dos trilhos, encontrei em duas lojas, uma em Gravataí e outra o PT achou em Canoas. Não é caro, mas é fácil estragar tudo, se o cara da solda não souber o que faz. Naquele dia voltei pra casa com os trilhos novos soldados. O Márcio é meu méca e nada me faltará!!!
Testei os bancos nos trilhos do carro. Certinho! Incrível. Quase que não acreditei. Faltava pouco agora.
Pintei as peças que foram soldadas e de tarde levei no estofador. Isso era uma quarta-feira. Ele já estava com boa parte do trabalho pronto. As peças cortadas, faltava a “meiúca”.
Hoje, segunda-feira ele me ligou pra buscar. Quando mostrei o banco traseiro pro estofador ele me falou “ah tu vai querer fazer esse quando estiver pronto”.
Dito e feito. Ficaram tão bons que deu vontade de fazer o traseiro, mas não ficou ruim o conjunto. Pelo contrário. Agora, o custo seria bem mais alto. Os bancos velhos da Brasablue foram parar na Brasawhite. Custo zero na troca. Adeus aos bancos do Ford Ka, sem graça.
Ainda comprei uma peça de plástico que vai no trilho do banco e diminui uma possível folga que tenha do trilho do parro para o encaixe do banco. 100%.
Abaixo com os bancos novos, velhos.
Não tem comparação. Além de iguais ao traseiro, que é padrão original, eles ficaram muito melhores para sentar. A posição de pilotagem ficou muito melhor também. Valorizou uns 200% o interior do carro. Agora vou ter que passar um aspirador.
Faltando trocar os forros de porta.