(Brasil, meu Brasil brasileiro…/Gravataí 23 graus) No futuro, quem sabe em 10 anos se ainda existir o Agility da forma que conhecemos, provavelmente a gente vai olhar para esses número de inscritos e se não houver alguém que explique o que aconteceu, ficará estranho.
O número de inscritos é péssimo nesse Brasileirão 19. Espero que para a Vigésima edição essa média aumente. Para essa, até o momento gira em torno de 70 inscritos por prova. 30% menos que na temporada passada.
Mas assumo aqui o meu erro, comentei que as provas Paranaenses teriam mais inscritos que as Pernambucanas. Estava errado e o Nordeste mostrou-se ligeiramente mais forte. É estranho, mas vou dizer porque isso aconteceu. Todas as provas tiveram número menor de inscritos por dois motivos básicos. O primeiro foi o fim das isenções. Segundo o Campeonato não vale vaga pra Mundial.
Mesmo que ninguém precise de dinheiro, no caso a CBA, eu creio que seria melhor pro Agility que as duplas estivessem em pista, e não em casa. É fácil descer a lenha de tão longe. Me lembro do Sam, que não está mais entre nós pra se defender. Mas cheguei a criticar a postura muito ácida dele no agility, publicamente, no fórum do Agility News. Eu nem era contratado da CBA naquela ocasião.
O Agility de São Paulo nunca fez sentido para um Gaúcho. Nós somos criados pela divisão. Somos bairristas demais. Ou é Grêmio ou é Inter. Ou é Rio Grande do Sul ou é Brasil. Nunca entendi as críticas do Sam, diretas e agudas. Num dia ele gerava um furacão no Fórum, no outro anunciava uma prova do Paulista ou Brasileiro organizada por ele. Aquilo aqui nos Pampas seria motivo pra uma guerra dos farrapos. Em São Paulo era bem mais ameno. Era como uma negociação entre Índios, Portugueses, Jesuítas e Espanhóis. Não tinha sentido, mas existia, e pior, funcionava.
Voltando…
Uma prova tão perto de São Paulo, apenas 400km, deveria ter mais duplas em pista, de São Paulo. Não foram. É longe? É caro? Não tinha onde ficar? Não tinha como ir? Bem vindo ao mundo de quem tem que viajar para praticar agility. No futuro vamos dizer: “Fizemos um campeonato Brasileiro, realmente Brasileiro, como não se via há mais de 15 anos, porém com relevância muito pequena”.
Uma pena.