(Rocket man burning out his fuse up here alone/Gravataí 20 graus) O ano era 2006, primeira Copa CBA, competição de seis etapas que debutava naquela temporada 06/07. A ideia era ser mais rápida que o Brasileirão que tinha 14 e como grande teste o TSP + 10% no Open 2 e 3. O Brasil vivia o início de uma fase, a busca por alguns segundos, que dura até hoje e que talvez nunca acabe.
Foi nesse cenário que Rodrigo surgiu conduzindo um Border Collie bem diferente do que todos estávamos acostumados a ver em pista. Aquele padrão “Baby o porquinho”. Panda era um cachorro forte, de pelo baixo, com um padrão de pintas que parecia mais a de um Australian Cattle Dog e com um diferencial. As zonas de contato.
Além de uma sintonia incrível com Rodrigo, a ponto de parecer que haviam treinado e coreografado a pista, Panda também tinha uma trajetória muito boa e zonas de contato rápidas e confiáveis.
Me lembro de ir pra São Paulo, a gente ficava hospedado na DW1 e treinava junto com a galera da escola na sexta-feira. Era incrível, a gente tinha uma grande diferença de desempenho, porém todos pareciam em outro nível quando quem estava treinando era o Rodrigo com o Panda.
Claro que quando a comparação era com José Luiz/Bira, José Luiz/Dino, Samir/Dino, Samy/Chester, Bruno/Gaia… o buraco era mais pra baixo. Porém vejam essa lista de duplas. Isso só no Standard. Não era fácil, poderia colocar mais uns cinco duos.
Mas eram os contatos que realmente faziam grande diferença.
Assim em três temporadas conquistaram três títulos nacionais, duas vezes a Copa CBA, primeira e terceira edição, e um Campeonato Brasileiro.O primeiro título veio depois de uma disputa contra um dos condutores que marcou uma época do nosso Agility, Flávio Tamaio. Naquele mesmo ano ele interrompeu uma sequência de sete títulos seguidos do mesmo condutor, dessa vez no Brasileirão.
Foi uma temporada, os dois títulos nacionais, maior número de bestlaps e maior número de vitórias nos unificados.
Hoje fiquei sabendo, como muitos, do falecimento do Rodrigo, através de uma postagem do Eugênio Minet. Muito triste. Meus sentimentos para a família.